A Revolução dos Bichos de George Orwell

A revolução dos bichos

Este foi um dos livros que li ainda na faculdade como leitura obrigatória de uma matéria de jornalismo. Apesar de muitos anos após o feito, não reli a obra de George Orwell, A revolução dos bichos.

Ao contrário do que fiz com 1984 e não terminei nunca. Mesmo com o passar dos anos, as impressões que este livro me causou continuam frescas na cabeça, ainda mais quando envolve o autor da obra.

A revolução dos bichos e a grande guerra

Um livro escrito em plena Segunda Guerra Mundial tinha como temática governos totalitários, a busca pelo poder e o cuidado em que as pessoas precisam ter ao escolher seus líderes, pois muitos deles não são o que aparentam.

Esta era basicamente o raciocínio empregado pelo autor que utilizou como personagens animais de uma pequena fazenda na Inglaterra, porcos como personagens principais.

A obra publicada em 1945 era direcionada para as crianças, para tentar os aspectos de política e do contexto vivido na Europa daquela década.

No entanto, a história não foi bem recebida pelo público justamente por conta de Orwell utilizar animais como personagens de sua história satírica.

Minha experiência de leitura

A minha opinião sobre este livro é a mesma que 1984: George metaforicamente descreve os conluios e bastidores da ascensão de um líder.

Não vi nada de provocativo ou ofensivo quanto a relação o líder de um “povo”ser um porco. Pois esta foi a forma que o autor encontrou de criticar lideres totalitários, como o comunista Stalin, que naquela ocasião era um dos países que lutavam contra o “Eixo”.

Achei a ideia genial, mas literariamente falando, esta obra seria mais interessante se direcionada mesmo para o público infantil como forma didática de explicar melhor assuntos embaraçosos como: ditadura, governos corruptos, golpes de estado e tiranismo.

Para quem recomendo a leitura

Na minha concepção a obra assim seria melhor aproveitada justamente por conter todos os elementos necessários para despertar a curiosidade das crianças.

Para elas melhorem entenderem a proposta da narrativa e até mesmo como forma de introduzir a este público o interesse por assuntos como política.

Deixo a cargo de 1984 a incumbência de trazer a mesma temática e questionamento sobre ditadores e poderes totalitários e sua influencia nociva sobre a sociedade para um público mais maduro e esclarecido politicamente, isto faria mais sentido na minha opinião.

Jornalista, mineira de Belo Horizonte, 33 anos e apaixonada por cravo, canela, café e chocolate. A mistura perfeita para uma vida perfeita e feliz. Nascida na era da internet, blogo desde 2008.