Minimalismo – As coisas não são coisas

Minimalismo

Quando decidi aplicar alguns conceitos do minimalismo em minha vida, também precisei aprender uma grande lição. Descobrir e aprender que: as coisas não são coisas. O significado disso revolucionou a minha vida de tal maneira que decidi compartilhar, porque vale muito a pena.

Quando eu entendi e depois aceitei que para eu ser feliz eu não precisava mais comprar nem acumular coisas, me fez pensar muito sobre o consumo. Achava que estava apenas adquirindo coisas pra me satisfazer e ficar feliz.

E a gente sabe que um dia esse método não funcionará mais. Precisaremos comprar cada vez mais coisas pra nos sentirmos felizes. Foi aí que descobri o verdadeiro significado das coisas.

Minimalismo e as “coisas” em minha vida

Essas “coisas” que tanto falo podem ser roupas, maquiagens (principalmente no meu caso), comidas, livros etc. Comprar sem propósito apenas para que elas pudessem ocupar um espaço em minha vida e no meu guarda roupas.

Mas chega um momento em que isto não faz mais sentido. Passei a perceber isto quando vi que meu armário tinha muitos sapatos da época em que trabalhei fora. São sapatos formais que eu comprei apenas porque o ambiente exigia aquele dress code.

Eles não se encaixam no meu estilo, não têm nada a ver com minha personalidade e muito menos são confortáveis.

Quando percebi que tinha um espaço valioso em meu armário sendo utilizado da maneira errada, me senti mal. Não apenas por isto, mas também por me dar conta de que investi dinheiro em coisas que não usarei mais.

Como hoje trabalho remotamente e em casa, não necessito de um tipo de vestimenta formal. Então pra mim não faz o menor sentido continuar com estes dois pares de sapato que há três anos não ponho nos pés.

Afinal de contas, o que são essas coisas

Foi aí que reli um antigo texto meu falando justamente sobre minimalismo que me dei conta: minimalismo não é só estética ou decoração. O conceito é muito mais amplo. Inclusive deve-se emprega-lo no momento de escolhermos nosso emprego.

Porque se você decide que seu trabalho te obrigará a adquirir roupas e sapatos que você usará apenas lá, é melhor repensar. O trabalho tem que ser levado em conta quanto ao nosso estilo de vida sim. Pois você precisa ser você em qualquer lugar.

Foi aí que me lembrei: estas coisas que estão comigo e não uso, não são coisas, são sapatos e blusas. Cadernos ou livros. Maquiagens e redes sociais. O nosso problema é que na hora não questionamos isso e achamos tudo normal.

Ai pensamos: são só coisas. E não são. É por conta deste tipo de pensamento/atitude é que jogamos dinheiro fora e acumulamos.

Minimalismo vs Apetite por consumir coisas

Temos um apetite insaciável por comprar e pensar que se não usamos naquele momento, usaremos depois. Mas quando caímos na real e vemos que o buraco é mais em baixo, subitamente tentamos nos livrar daquilo que nunca nos serviu. Mas não é bem assim que as coisas funcionam.

Teremos momentos em nossas vidas que precisaremos consumir por impulso. E isto não é um problema, pois somos humanos. O problema é quando fazemos isto o tempo todo sem limites.

Não vamos parar de consumir, precisamos saber onde vamos empregar o equilíbrio em nossas vidas e saber administrar nossos deslizes. Sim, assim como eu, muitas pessoas que aplicaram a filosofia minimalista em suas vidas cometem deslizes.

Ter consciência de que errar é humano e aprender com os erros é preciso, a culpa e o remorso não nos consumirão mais. Teremos muitos dias bons, mas aqueles não tão bons assim acontecerão, e O.k. também. Tudo em nossas vidas é uma questão de processos e aprendizados. Lembre-se disso!

Jornalista, mineira de Belo Horizonte, 33 anos e apaixonada por cravo, canela, café e chocolate. A mistura perfeita para uma vida perfeita e feliz. Nascida na era da internet, blogo desde 2008.