Muito se fala em viver as fases do luto quando a pessoa parte. Mas ninguém fala de quando passamos pelo luto em vida, com a pessoa ainda aqui.
O período do luto é aquela fase que as pessoas que ficam, passam após a perda de alguém importante.
Pai, mãe, irmãos, primos, tios, um animalzinho de estimação ou um amigo querido. Não importa quem seja, a dor da perda chega e causa uma devastação em quem a sente.
Doenças graves e estados terminais são típicos exemplos de como se vive o luto em vida. No entanto, passamos grande parte do restante da vida dessas pessoas pelos estágios do luto.
É um sofrimento mútuo, tanto para quem está vivendo o luto quanto para quem nos vê passando por ele, no caso a pessoa que está partindo.
Como superar o luto em vida?
Mas, de verdade mesmo? Não sei se tem como. Quem está do lado de um paciente terminal, sabe que a fatídica hora vai chegar. É inevitável que isso aconteça e é justamente neste momento que começamos a viver o luto antecipadamente, com a pessoa ali, na nossa frente.
É por este motivo que muitas vezes as pessoas confundem os períodos do luto. Acham que o luto acontece apenas após a morte, nem sempre.
Por isso é comum vermos pessoas que após o evento da perda, retomarem suas vidas e rotinas “rápido demais”.
Porém, aos olhos de quem está de fora, a pessoa deveria passar pelo luto completo, mas o que ela não sabe ou não quer saber é, que a pessoa já passou por ele, só que com a pessoa ainda em vida.
Respeite o tempo do outro
Já disse e repito: não existe um jeito certo ou errado de viver o luto. Cada pessoa vive o seu no seu tempo, a seu modo. Não cabe ninguém julgar a forma que as outras pessoas vivem o luto. Isso é um processo particular.
Algumas pessoas demoram mais que as outras, outras superam mais rápido que as outras. E está tudo bem!

É normal acharmos que tudo deve acontecer no nosso tempo, da forma que gostaríamos que fossem. A verdade é que, cada pessoa tem o seu ritmo para absorver as coisas. E com o luto não é diferente.
Contudo, o tempo de cada um deve ser respeitado. Seja de uma semana, seis meses ou 40 anos. Não importa, cada um sabe como a dor age no seu próprio corpo e mente.
E eu já ia me esquecendo: seguir em frente e com a vida, não quer dizer necessariamente que o luto passou ou foi superado. Quem está de fora não faz ideia de como as coisas estão por dentro.
Você pode ver uma pessoa levando sua vida, sorrindo e saindo por aí, mas por dentro, ela ainda está devastada pela perda ou por presenciar cada dia um pouco da perda de alguém querido ainda em vida.
Pense nisso!
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