A geração Z são jovens que nasceram entre os anos 1990 e 2010, são pessoas nativamente conectadas ao digital.
Suas principais características, para além da hiper conectividade, está o consumo rápido de bens e informações, pessoas multitarefas, gente que valoriza a autenticidade, diversidade e criatividade, inquietos, tendem a ser pessoas mais preocupadas com temas como bem-estar social e qualidade de vida e são menos apegados a fidelização de marcas tradicionais.
Dito isso, então por quê está tão comum encontrar matérias e conteúdos falando mal sobre pessoas da GenZ? Vamos tentar entender então!
Conflitos geracionais
Esse tipo de atitude, ataque a outras gerações, sempre existiu e nunca vai acabar. Eu mesma, na minha adolescência, costumava ouvir de pessoas uma geração anterior: esses meninos de hoje não querem saber de nada, querem tudo fácil e na mão, não têm responsabilidade e não valorizam as conquistas dos pais.
O descontentamento com a geração que sucede a outra é quase que um rito de inicialização na vida adulta.
Contudo, é notável que uma ruptura ocorra no processo de passagem geracional, pois o mundo e a vida estão em constantes mudanças, e cada vez mais rápidas.
Antigos padrões e costumes dão lugar a novos hábitos, sejam eles bons ou não. No entanto, de uma coisa precisamos entender: toda geração tem seus aspectos positivos e negativos.
O motivo de tantos conflitos, talvez esteja na capacidade de conseguirmos acompanhar essas mudanças, que estão evoluindo cada vez mais rápido.
Geração Z e o mercado de trabalho
Um dos tópicos que mais escuto pessoas reclamarem da GenZ é em com relação ao mercado de trabalho.
Pessoas da geração Z estão optando por entrar mais tarde no mercado de trabalho, prezam por uma qualificação mais consistente, querem passar mais tempo de qualidade e não se acabando de morrer ou adoecer por conta de um emprego.
Ai eu te pergunto: estariam eles errados?

O mercado de trabalho possui a mesma estrutura comportamental há décadas. Não flexibiliza e nem muda. Daí tantos conflitos geracionais acerca das expectativas desta geração com o modelo defasado que praticamos.
Se nós milenials, e eu me incluo nessa, aprendemos que se nos esforçássemos muito, estudasse bastante, conseguiríamos um bom emprego e aos 30 anos teríamos alcançado o sucesso que tanto desejamos.
Eles não são obrigados!
E a geração Z não vai se contentar com o mesmo estilo de vida pessoal e profissional que nós milenials e os Baby Boomers seguimos.
Se hoje, nós de 30+ trabalhamos insatisfeitos, medicados e às vezes com a terapia em dia, bem às vezes mesmo, a GenZ quer mais do que o caos para a vida deles.
Alguns aspectos que a GenZ preza e que nós, milenials deveriamos entender e aderir também:
- – Trabalhos de escala 6×1 não é uma opção;
- – Se contentar com salário abaixo de sua qualificação;
- – Equilíbrio entre trabalho e vida (trabalhe para viver);
- – Qualidade de vida é o que importa;
- – Trabalhar sob pressão, pra quê?
- – Menos horas trabalhadas é igual mais produtividade;
- – Mais tempo para se dedicar a atividades OOH (out of home);
- – Consumo mais consciente e por aí vai.
Não são apenas exigências. O posicionamento que a GenZ vem tomando é uma virtude a ser seguida.
Enquanto a mídia e parte da sociedade se empenha em descredibilizar a Genz, eu, sinceramente, aplaudo esses jovens por suas atitudes e espero do fundo do coração que eles consigam obter tudo que estão reivindicando.
A geração Z não tem espaço para mimimi
Se tem algo do que mais acusam a geração Z é de ser mimizenta. Mas, será que são eles os mimizentos?
Galera, vamos acordar, o mundo mudou e muito. Velhos padrões implantados pela geração pós segunda guerra já estão muito ultrapassado. Se atualizem, saiam de suas bolhas geracionais e tentem ter mais empatia com as reivindicações do próximo.
Não é porque nossos pais e avós comeram o pão que o diabo amassou, sem direito a passar nutella, que devemos submeter a nova geração ao mesmo calvário.
Sendo assim, pensem nisso: se conseguirmos melhorar a perspectiva do futuro deles, isso refletira no nosso. Porque queiram você ou não, serão eles os responsáveis por manter a estrutura da sociedade quando nós, milenials, envelhecermos.
Pensem nisso!
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