Se a vida te der tangerinas…

Se a vida te der tangerinas

Se a vida te ter tangerinas, você pode descascá-la ou simplesmente deixar que apodreçam sob o calor do sol!

Não, este texto não se trata de uma resenha de kdrama, mas sim de uma reflexão que tive a partir dele.

Muitos questionamentos, aprendizados e reflexões que fiz, e agora trago para você aqui, em forma desta newsletter.

Quem assistiu ou está assistindo “Se a vida te der tangerinas”, vai se lembrar do episódio em que a protagonista Oh Ae-Sun questiona:

E foi a partir desta fala que eu percebi: a realidade das pessoas, em qualquer parte do mundo, seja lá na Coreia ou aqui no Brasil, sempre serão difíceis.

Em qualquer época, em qualquer geração. Não existe isso de que, no tempo anterior a este ou na dinastia tal as coisas eram mais simples e fáceis…. Mentira!

Antes ou hoje e amanhã, tudo continuará sendo difícil. O que vai mudar é o nível de complexidade que cada época acrescentará ao processo.

Na época dos nossos avós, eram as guerras. E vivemos em guerra até hoje. Na época dos nossos pais era a economia/inflação. E nós nunca nos livramos dela até hoje.

Não encare a vida agora como se antes ela fosse melhor do que é hoje. Sim, podemos ficar felizes por todos os avanços que conquistamos. Mas a vida é um jogo de ganha-ganha.

Se antes as condições de vida eram mais precárias devido a fatores como saneamento, educação e saúde, hoje enfrentamos dificuldades que nossos avós nem imaginariam.

Antes a mão de obra era mais escassa, e por isso, se tinha a impressão de que era mais fácil conseguir um emprego. Hoje temos empresas espalhadas ao redor do mundo e muita gente disponível para trabalhar, mas a escassez da mão de obra qualificada virou um problema para quem busca e oferece emprego.

Não queria transformar esse meu primeiro post em algo existencial ou dramático. Mas a verdade, é que a série realmente me deixou bastante reflexiva.

Cada episódio eu caia no choro, por conseguir sentir toda tristeza e flagelo que os personagens passando.

Não, esta não é só mais uma série ficcional. Podemos, e devemos, tirar lições importantes do que consumimos no dia a dia.

A beleza disso tudo, é que no final das contas, podemos aprender com os erros de outras pessoas, mesmo que estes sejam personagens fictícios, e tentar fazer algo de bom na vida.

Se hoje não deu certo o que você queria fazer, respire fundo, durma e descanse. Amanhã você ganha uma ficha limpa para recomeçar de novo, de novo e de novo. Não devemos parar diante da primeira dificuldade.

Não existe estação do ano ruim. Toda primavera temos a sensação de que temos um novo recomeço. No outono colhemos tudo o que plantamos ao longo do ano, e claro, os frutos vão depender daquilo que semeamos na terra.

No inverno ficamos mais introspectivos, avaliando nossas decisões e pensando como podemos melhorar para o futuro. O verão é quente, possibilita novos recomeços, é nele que fazemos a transição, onde as chuvas fortes levam o que não nos pertence mais e da lugar ao novo.

Moral da história: coisas boas ou más podem acontecer, independente da estação que estamos. Um luto, um recomeço, uma resignação, seja qual for o sentimento, o ciclo sempre precisa ser fechado para que outro seja aberto.

E foram essas as reflexões sobre a série, que compartilha várias referências da vida, que me fizeram criar este texto, para mim e para você que me lê.

Jornalista, mineira de Belo Horizonte, 33 anos e apaixonada por cravo, canela, café e chocolate. A mistura perfeita para uma vida perfeita e feliz. Nascida na era da internet, blogo desde 2008.